Pessoal,
É incrível a capacidade que nós, brasileiros, temos de nos fazer "intímos" de nossos compatriotas quando estamos no exterior. Já havia reparado nisso em minhas viagens anteriores e nessa viagem isso ficou mais evidente. Ficamos - nós brasileiros - mais solidários e mais "amistosos" do que de uma maneira geral o faríamos quando estamos "em casa". Não sei se é devido ao stress do dia-a-dia ou do corre-corre das cidades grandes, ou até mesmo devido à insegurança de estarmos fora do nosso país , sei lá. Fato é que muitas vezes nem daríamos um educado "BOM DIA" as mesmas pessoas que lá fora, muitas vezes, acabam tornando-se nossos "amigos" (temporariamente claro). Quantos de nós, moradores de cidades como Sampa, Rio, Floripa,etc.etc. , não entramos em elevadores cheios de gente nos prédios comerciais e sequer olhamos duas vezes para os demais ocupantes do elevador ??
Não se isso é fruto do isolamento que a violência e a batalha diária nos impõem mas me parece errado. Certo mesmo é a "festa" que fazemos sempre que cruzamos com uma moto, carro ou caminhão com placa brasileira no exterior. A troca de buzinadas e gestos de "OK" pode parecer, à quem olha desavisado, que seríamos grandes amigos se reencontrando e não apenas compatriotas se esbarrando em estradas estrangeiras. Sei que para alguns esse texto vai soar meio "piegas" e meloso demais, mas só quem já viveu esse tipo de experiência sabe o valor que tem ouvir alguém falando português depois de alguns dias só ouvindo espanhol (ou qualquer outra língua estrangeira). De se sentir (e ser, claro) um forasteiro em terras estrangeiras e encontrar um "parceiro de crime".Muito bom!!!
Nesta viagem encontramos muita gente boa. Alguns encontros conseguimos registrar em fotos, outros foram mais fortuitos, mas todos sem dúvida renderam um bom bate-papo. O primeiro brasileiro que encontramos foi em PUERTO VARAS/Chl. Um senhor distinto, carioca da gema, que estava no Chile para uma feira de AVIÕES que acontecia em Santiago e resolveu dar uma "esticadinha" até lá. Falamos muito sobre tudo, inclusive sobre motos e a impossibilidade se se ter uma moto de grande cilindrada no Rio de Janeiro hoje devido à violência. Depois , quando seguíamos para Santiago pela Ruta 5, encontramos com um grupo de 7 pessoas (cinco motos) oriundos de Santa Catarina, mais especificamente de Itajaí e Camboriú. Aqui o papo foi mais sobre motos e viagens mesmo, como não poderia deixar de ser. Quando fazíamos a travessia dos Andes pelo Passo Cristo Redentor encontramos um casal, também de catarinenses se não me engano, o Ivan e a Rô. Eles dirigiam uma Suzuki Bandit preta e estavam observando a beleza do Aconcágua, quando chegamos e batemos um papo rápido. Trocamos algumas informações e dicas de estradas e locais pelos quais havíamos passado (eles ainda estavam indo e nós voltando) e seguimos viagem. Já na Argentina, depois de Corrientes, encontramos um grupo de seis ou sete motociclistas de Torres/RS : os LOBOS DA ILHA. Galera muito gente boa e que também estava de saída da Argentina. Voltavam do Atacama. Na saída da Argentina, quando paramos pra abastecer, conhecemos os caminhoneiros LIMA (Índio) e o BOCA, pilotando caminhões imensos da transportadora DM. Figuraças. Gente muito boa, de papo muito bom e que curte muito moto. Já fazia uns dois ou três dias que vínhamos nos cruzando pela estrada e a cada "esbarrão" era aquela festa brasileira de buzinadas. Aqui fica uma dica : quem precisar de ajuda nas estradas pode pedir (e confiar) na galera de DM Transportes, ok? Segundo o LIMA eles costumam sempre ajudar brasileiros em apuros no exterior.
Abaixo algumas fotos dos amigos que ficaram pelo caminho:
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