quarta-feira, 16 de abril de 2008

Amigos nas Estradas!!

Pessoal,
É incrível a capacidade que nós, brasileiros, temos de nos fazer "intímos" de nossos compatriotas quando estamos no exterior. Já havia reparado nisso em minhas viagens anteriores e nessa viagem isso ficou mais evidente. Ficamos - nós brasileiros - mais solidários e mais "amistosos" do que de uma maneira geral o faríamos quando estamos "em casa". Não sei se é devido ao stress do dia-a-dia ou do corre-corre das cidades grandes, ou até mesmo devido à insegurança de estarmos fora do nosso país , sei lá. Fato é que muitas vezes nem daríamos um educado "BOM DIA" as mesmas pessoas que lá fora, muitas vezes, acabam tornando-se nossos "amigos" (temporariamente claro). Quantos de nós, moradores de cidades como Sampa, Rio, Floripa,etc.etc. , não entramos em elevadores cheios de gente nos prédios comerciais e sequer olhamos duas vezes para os demais ocupantes do elevador ??
Não se isso é fruto do isolamento que a violência e a batalha diária nos impõem mas me parece errado. Certo mesmo é a "festa" que fazemos sempre que cruzamos com uma moto, carro ou caminhão com placa brasileira no exterior. A troca de buzinadas e gestos de "OK" pode parecer, à quem olha desavisado, que seríamos grandes amigos se reencontrando e não apenas compatriotas se esbarrando em estradas estrangeiras. Sei que para alguns esse texto vai soar meio "piegas" e meloso demais, mas só quem já viveu esse tipo de experiência sabe o valor que tem ouvir alguém falando português depois de alguns dias só ouvindo espanhol (ou qualquer outra língua estrangeira). De se sentir (e ser, claro) um forasteiro em terras estrangeiras e encontrar um "parceiro de crime".Muito bom!!!
Nesta viagem encontramos muita gente boa. Alguns encontros conseguimos registrar em fotos, outros foram mais fortuitos, mas todos sem dúvida renderam um bom bate-papo. O primeiro brasileiro que encontramos foi em PUERTO VARAS/Chl. Um senhor distinto, carioca da gema, que estava no Chile para uma feira de AVIÕES que acontecia em Santiago e resolveu dar uma "esticadinha" até lá. Falamos muito sobre tudo, inclusive sobre motos e a impossibilidade se se ter uma moto de grande cilindrada no Rio de Janeiro hoje devido à violência. Depois , quando seguíamos para Santiago pela Ruta 5, encontramos com um grupo de 7 pessoas (cinco motos) oriundos de Santa Catarina, mais especificamente de Itajaí e Camboriú. Aqui o papo foi mais sobre motos e viagens mesmo, como não poderia deixar de ser. Quando fazíamos a travessia dos Andes pelo Passo Cristo Redentor encontramos um casal, também de catarinenses se não me engano, o Ivan e a Rô. Eles dirigiam uma Suzuki Bandit preta e estavam observando a beleza do Aconcágua, quando chegamos e batemos um papo rápido. Trocamos algumas informações e dicas de estradas e locais pelos quais havíamos passado (eles ainda estavam indo e nós voltando) e seguimos viagem. Já na Argentina, depois de Corrientes, encontramos um grupo de seis ou sete motociclistas de Torres/RS : os LOBOS DA ILHA. Galera muito gente boa e que também estava de saída da Argentina. Voltavam do Atacama. Na saída da Argentina, quando paramos pra abastecer, conhecemos os caminhoneiros LIMA (Índio) e o BOCA, pilotando caminhões imensos da transportadora DM. Figuraças. Gente muito boa, de papo muito bom e que curte muito moto. Já fazia uns dois ou três dias que vínhamos nos cruzando pela estrada e a cada "esbarrão" era aquela festa brasileira de buzinadas. Aqui fica uma dica : quem precisar de ajuda nas estradas pode pedir (e confiar) na galera de DM Transportes, ok? Segundo o LIMA eles costumam sempre ajudar brasileiros em apuros no exterior.
Abaixo algumas fotos dos amigos que ficaram pelo caminho:
Eu, Boca, Adriano, Indio e Mininão (eu esqueci o nome do rapaz), galera da DM Transportes.

Adesivo dos "Lobos da Ilha", um pessoal bacana que encontramos quando já estavamos de saída da Argentina.
Espero que também tenham chegado bem em casa.




Pessoal de Itajaí e Camboriú que encontramos na Ruta 5, no Chile.

Abraços
Felipe


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